Nove passos para o precipício


 Essa postagem não é recomendada para menores de 18 anos.Pois possui conteúdo de violência sexual explicita e vocabulário agressivo. 


Era a pior sensação que já sentira na vida. Sufocava a idéia de estar presa em uma situação e não puder fazer nada porque tudo o que havia a ser feito já fora feito. Então, tinha que sentar e esperar a roda da vida girar até chegar novamente seu momento de agir. Philippe já estava longe. Aproveitara o tiro que Chad deu em Hunter para empurrar o cachorro longe da situação. Deu curto em alguns postes de luz da parte arborizada do parque para que a escuridão desse cobertura tanto a Philippe e Daiana, quanto a Hunter. Então... A ultima cartada.... 
Se pela lascívia vocês viverem, pela lascívia vocês vão padecer. 
Cada um de vocês... 
E toda vez que vocês sentirem desejo, seu corpo vai sangrar numa dor excruciante.
 Até que aprendam a respeitar.
 E se vocês tocarem em uma criança para causar-lhe mal 
Seu corpo vai definhar violentamente até o fim.

 - Você está muito confiante agora, Barbie... Quero ver toda essa confiança quando você estiver gritando... Evelyn não precisou dizer que não iria gritar. Seu olhar fez isso por ela. Chad deu um largo sorriso. – Ah, você vai gritar. Todas gritam... Deixem que eu começo pessoal... Essa noite a gente vai fazer uma vadia gemer bem alto. 

Chad era como o líder do grupo, não eta tão alto quanto Brook mas tinha uma postura mais audaciosa. Tinha os cabelos curtos, ondulados de um castanho avermelhado e os olhos tão azus quanto os da própria Evelyn. Olhos que se irratavam com a calma e postura da garota.

Primeiro eles bateram no rosto, no estomago. Uns a seguravam, enquanto outros rasgavam a roupa. Assim começou, como num circo de horrores, onde só havia uma atração principal. Chad cumpriu o que prometera. O cano da arma entrou na menina rasgando a genitália. “Eu sempre quis saber o por onde sairia a bala, se eu atirasse daqui...” . 

Um dos rapazes que a segurava virou o rosto da menina e forçou um beijo. A menina forçou o rosto e ele o soltou enquanto olhava para garota com os olhos arregalados e balançava a língua como uma serpente.

Assim eles começaram um a um, nove passos para o precipício. Cada um mais violento que o outro. Então vieram as apostas para ver quem conseguia fazê-la gritar...
- Porra cara, tira isso da boca dela. Como que ela vai gritar com você enfiando esse seu pau branquelo. 
- Escuta aqui Marck, eu quero aproveitar também. - Então voltou-se a menina - Olha aqui, ô sua vaca, se você não fizer direito eu quebro a sua cabeça. 

O gosto na boca dava ância se vômito. Um gosto, depois outro, tamanhos variados. A seguravam, mordiam o seio. Melavam o corpo da garota com o liquido de seus corpos. Um chute na cabeça fez a garota quase perder os sentidos. Depois outro chute ainda no rosto. Seguido por um na barriga. Broock estava tentando encontrar o melhor local para “carimbar” com a marca de sua bota, o anagrama de sua letra. Marchal, o mais jovem e mais életrico, pegou o mesmo galho da arvore que ela usara para golpeá-lo e bateu repetidas vezes na menina. Depois pediu para que a segurassem e tentou empurrar o galho entre as pernas da garota. 
- Abram mais as pernas da vadia, não está entrando!!! 
- Deve ser porque ela é apertadinha cara... - Alguem soltou

Marchal ensaiou uma jogada de Basibol e golpeou teatralmente a barriga da menina. Os quatro caras que a seguravam pelos braços e pernas a soltaram e ela caiu no chão procurando o fôlego. 
- Prostituta! - Cuspiu - Evelyn sentiu o gosto do sapato de Marchal na sua boca e seus dentes precisaram se mostrar fortes para não abandonarem a boca da garota. O maxilar entretanto parecia ter saído do lugar numa dor excruciante. Colocaram-na de quatro, Broock ficou a frente enquanto outro enfiava uma arma na vagina da garota e outro a penetrava por trás. 
- A Barbie não está mais conseguindo fechar a boca!- Rechamou Brock que continuou empurrando seu membro na garganta da menina. 

Estre os tapa, os socos Evelyn tentava pensar longe. Pensar que, graças aos deuses, não era Philippe que estava passando por aquilo, jogado no chãod e terra sendo chutado os todos os lados. Tentava pensar que o garoto estava bem em algum lugar. Tentou pensar em seus pais, pedir ajuda. Pedir forças. Mas a ância de vômito não passava... Mal conseguia respirar quando seu corpo voi jogado sobre o capô de um dos carros. Todos os ossos protestavam enquanto lutavam para s manterem inteiros, embora muitos já tivessem desistido e se estilhaçado dentro do corpo da menina. Então sentiu uma dor ainda maior. Uma garrafa havia sido quebrada em algum momento. Chad escrevia seu nome rasgando a pele da menina. Os outros pereciam ter gostado da idéia e quebraram outras garrafas. Então a morte começou a ser desejada quando as pontas de vidro começaram a rasgar sua genitália. 

Morrer era uma boa opção no momento. 

Começou a procurar por alguém que pudesse lhe ajudar naquele momento. Tentava encontrar um rosto para quem desejava pedir socorro. Um rosto que pudesse lhe salvar naquele momento. Mas os rostos eram mutáveis. Iam e vinham como pessoas que entram e saem de um vagão e que, na realidade, o maquinista é quem sempre está só. Haviam muitas pessoas em sua vida, mas todos passavam e Evelyn sempre terminava só. Somente ela e o destino que lhe cabia.

Será que alguém poderia ouvir ...

          Alguém, por favor, salve-me agora. 
          Eu estou muito perto de um precipício. 
          Alguém, por favor...
          Ou a queda será meu único destino. 
          Eu não tenho cordas para me amarrar aqui. 
          E por mais que eu queira ficar... pouco a pouco essa certeza me abandona 
          Talvez esteja na hora... 
          Da semente se curvar a neve.

          Eu procuro um rosto.
          Eu procuro um brilho nos olhos.
          E por mais que eu queira ficar... A ventania que me empurra é muito forte. 
          Eu só queria alguem para me salvar nesse momento.
          E depois desse momento eu seria forte novamente 

          Eu estou tentando, eu juro que estou tentando. 
          Mas a ventania é muito forte 
          E eu não tenho ninguem pra me tirar da beira desse precipício
          Segurar a minha mão e dizer que nunca mais irá soltá-la

A garrafa era empurrada com tanta força contra o corpo da menina, que o sangue escorria e derramava pelo garguelo da garrafa. Até que a garrafa se estilhaçou dentro do corpo da garota.
- Droga, acho que cortei minha mão... 
- Cara agora não dá mais nem pra brincar aí com essa porra toda ao dentro 

          Eu só preciso de alguém... 

- Chad eu acho que ela está morta. 

          Que me leve pra casa... 

- Vamos enterrá-la 

          Que haja chocolate quente no fogão e crianças correndo no jardim

- Espera, ela ainda está respirando 

Philippe teria que aprender a se cuidar sozinho. Richard poderia ajudá-lo, mas, com certeza Candice não permitiria. Mandou mentalmente a mulher a algum lugar nada descente. O desespero crescia e as dores se tornavam insuportáveis. Lembrou de Daenyres. Terminou não encontrando o que a fada pedira para que encontrasse. Lembrou de Argor, ele ficaria feliz com o treinamento que estava dando a Hunter. Esperava que Hunter não tivesse morrido. 

 - Você me ouviu. Vamos enterrá-la. Ela não vai mais estar respirando quando for encontrada. 

Os olhos da garota se moveram lentamente para Chad. Ele sorriu. 
- Eu furaria seus olhos, Barbie. Mas eu quero que você veja cada punhado de terra que vai ser colocado sobre você ...

Era errado realmente querer morrer? Philippe não teria ninguém para cuidar dele. Talvez devesse ter deixado ele em um lugar seguro como sugeriu Milena. Será que Nínive teria raiva sua... Estaria sendo fraca? Esse seria mesmo seu fim. Tudo o que queria era dar uma vida decente a Philippe. Queria ver seu rosto, saber que estava bem. Se despedir... Quando a terra já cobria seu corpo, a menina chorou. Não que lágrimas fazem fazer diferença naquele rosto cheio de Sangue, gozo e terra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário